50 ANOS DE MAÇONARIA


 O professor Wilson Bezerra de Moura lançou, no dia, 27 de julho, seu novo livro, intitulado: Virtudes, atributos maçônicos, a partir das 19h30, na loja maçônica João da Escócia, em comemoração aos seus 50 anos de vida maçônica. Wilson Bezerra foi iniciado em 23 de outubro de 1965, na Loja 24 de Junho. “Todos os irmãos, da época, passavam por lá, por só haver esta loja na cidade. A maçonaria sempre teve um só princípio. A maçonaria é conservadora e seus princípios continuam e continuarão os mesmos, apesar dos revezes do desenvolvimento social. Quando entrei, em 1965, o homem da época era diferente. Havia mais humanização na sociedade. Hoje, o que temos é desumanização, onde o material vence o espiritual e desumaniza a sociedade. Tudo mudou de lá para cá. Sofremos investidas para mudarmos nosso foco a toda hora. A própria igreja romana sofre com isso também”, comenta. Segundo ele, os tempos mudaram. “Quando entrei, aos 25 anos, me enquadrei dentro dos princípios da ordem. Não há nada de mistério. Fala-se muito em segredo da maçonaria. O segredo da maçonaria é você se ajustar dentro do que ela determina, com principal objetivo para a prática do bem e da virtude. Quem não se enquadra ou se adapta a essas qualidades não sobrevive dentro dela. E quem se adapta tem que abdicar de muitas coisas. Muita gente entra, mas não consegue ficar, porque a maçonaria não é uma sociedade coercitiva, ao contrário. No entanto, não é qualquer um que se torna um maçom. Um maçom é uma pessoa que passa por uma averiguação. Você pode ser aprovado ou não para ser maçom. São seus atos, seu passado, sua história, sua conduta que levarão você a isso”, fala. Os ritos maçônicos continuam os mesmos para os iniciados. “A ordem maçônica segue o procedimento de iniciação há alguns séculos, obedecendo a vários critérios. Pessoas corruptas, com vida irregular, não têm acesso à ordem. Nesse sentido, a maçonaria é muito clara. A vida profissional pesa muito também. A maçonaria é uma ordem séria e que não exclui, mas tem cuidado com seus membros. O principal fator da espécie humana diz respeito às qualidades morais. E o trabalho digno está ligado a uma qualidade moral. Prática de corrupção é inadmissível dentro da maçonaria. Se um de nós cometermos desonestidade, pagamos um preço por isso. A loja onde ele frequenta tem o dever de expulsá-lo”, fala o grão mestre adjunto. Com 50 anos de vida maçônica – ininterruptamente – sem advertência ou qualquer coisa do tipo, o professor emérito e grão mestre adjunto tem honra em citar, entre as ações, a construção da Augusta e Respeitável Loja Simbólica João da Escócia. “Levantamos aquela loja do nada. Quando pedi licença da 24 de Junho para a João da Escócia, onde fui venerável por três vezes, aproveitei uma dessas gestões, chamei um topógrafo, mandei desmatar e começamos o templo. Com a colaboração de todos os irmãos, mais de um ano de trabalho, concluímos o serviço. A primeira reunião que eu fiz foi apenas com pequenos tamboretes e um ar-condicionado. Quando ligamos, a poeira cobriu tudo”, relembra, sorridente. “Hoje a loja tem um ótimo aspecto e um de seus veneráveis, João Batista, trabalhou muito para o benefício de todos. Também o atual venerável, José Maria, que em 60 dias fez muita coisa. Substitui todo o telhado de nossa loja”, completa. “Acho graça quando as pessoas imaginam que todo maçom é rico. Há pessoas sem muitos recursos em todos os lugares. Essa ilusão é presente na mística da sociedade até hoje”, diz, sorrindo, o professor. “O que pesa na maçonaria não é o dinheiro, mas o caráter”, explica, em tom sério. VIRTUDES, ATRIBUTOS MAÇÔNICOS. O livro traz artigos, ensaios e textos diversos sobre atributos maçônicos. “São reflexões oriundas desse tempo em que me dediquei e estou ainda me dedicando à causa da maçonaria”, explica, salientando que a obra se configura em um momento importante de sua vida, comemorando o jubileu de ouro de sua entrada na ordem. “Estou procurando sempre melhorar a minha vida, evoluir. Evolução é um lema permanente. No livro, trago textos sobre a vida maçônica, seus aperfeiçoamentos, a construção do templo da virtude”, finaliza.

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